Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) evitaram polêmicas e reafirmaram suas propostas de governo no último debate entre os candidatos ao Palácio do Planalto, transmitido nesta sexta-feira pela TV Globo.
Os dois candidatos não fizeram acusações diretas entre si, preferindo adotar um tom ameno para fazer críticas e defender seus pontos de vista.
Corrupção
Serra afirmou que a corrupção no Brasil “chegou a níveis insuportáveis”, comprometendo a autoestima dos cidadãos. Segundo o candidato, o combate à prática começa pelo fortalecimento de “órgãos de fiscalização”, como o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público e a imprensa.
Para Dilma, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva “profissionalizou a Polícia Federal”. Segundo ela, é “importante investigar e punir, doa a quem doer e atinja a quem atingir”.
O tucano citou ainda o caso dos "aloprados", ocorrido em 2006, quando integrantes do PT teriam supostamente tentado adquirir um dossiê contra membros do PSDB. Já a petista lembrou o episódio que ficou conhecido como “a máfia das sanguessugas", que data do mesmo ano e envolvia um grupo que desviava dinheiro para a compra de ambulâncias.
Segurança
Dilma declarou que “uma das questões graves no Brasil hoje é o da segurança pública”, acrescentando que o tema não é uma responsabilidade dos Estados. Já Serra comentou sua proposta de criar o Ministério da Segurança, para que o governo federal atue promovendo o policiamento das fronteiras e combata a entrada de drogas do país.
Saneamento
Questionada sobre suas propostas para o saneamento básico, a petista disse que o governo federal “começou a fazer” avanços na área e que pretende “fazer muito mais". Ela declarou ter um “compromisso de resolver o problema das enchentes”. Para o tucano, a questão envolve saúde pública e ambiental, citando a influência das mudanças climáticas. Como proposta, defendeu a criação de uma força nacional de defesa civil.
Educação
Serra disse que, se eleito, pretende colocar em prática um plano nacional de educação. Para ele, o tema deve estar “acima dos partidos políticos e dos sindicatos”. Dilma afirmou que “não há como fazer ensino de qualidade sem pagar bem o professor”, nem “recebê-los com cassetete” quando reivindicarem melhores salários.
Saúde
Ao questionar as propostas dos candidatos para a área da saúde, uma eleitora afirmou que população é "tratada como lixo" e "sofre como animais" em filas de espera dos hospitais. Em sua resposta, Serra declarou que o setor no país “andou para trás nos últimos anos”. Segundo o tucano, os Estados e os municípios “ampliaram muito seus esforços”, mas o governo federal reduziu os investimentos na área.
Dilma declarou reconhecer os problemas na saúde, prometendo que, em um eventual governo, ampliará os repasses para que governos estaduais e prefeituras reforcem o SUS (Sistema Único de Saúde). A petista afirmou ainda que quer criar o programa “Mamãe Cegonha”, voltado para o atendimento de grávidas.
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