sexta-feira, 4 de março de 2011

Acusado de vazar documentos ao WikiLeaks é forçado a dormir nu


Bradley Manning, o soldado preso pelo vazamento de documentos ao Wikileaks, foi forçado a dormir nu em sua cela na quarta e quinta-feira, reconheceram nesta sexta-feira os responsáveis pela prisão militar onde ele se encontra, após uma denúncia de seu advogado.
"O soldado Manning foi obrigado a ficar sem roupa, novamente em sua cela na noite de quinta-feira. Como na noite anterior, os guardas da prisão o obrigaram a tirar todas as roupas. Manning voltou para a cama e passou as sete horas seguintes humilhado", escreveu o advogado do suspeito, David E. Coombs, em seu blog oficial.
Manning permanece preso no centro penitenciário dos Corpos de Infantaria da Marinha em Quantico (Virgínia) desde junho de 2010, quando foi acusado pelas autoridades militares de descumprir o Código Militar com seus supostos vazamentos para o WikiLeaks.
A essa primeira acusação, que indica o soldado a 52 anos de prisão, foram somadas na quarta-feira outras 22, que podem terminar em uma possível sentença de prisão perpétua ou até em pena de morte.
Segundo o advogado, a decisão para que ele dormisse nu em sua cela foi tomada pela comandante da prisão, Denise Barnes, e é especialmente "degradante" já que o soldado é vigiado, tanto por observação direta como mediante câmaras, "o tempo todo".
A Anistia Internacional denunciou ao secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, as condições nas quais se encontra o soldado, que, segundo a organização, está confinado 23 horas por dia em uma cela quase desprovida de móveis, sem travesseiro, lençóis e objetos pessoais.

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