domingo, 28 de novembro de 2010


Notícias

Porta-voz da PM não descarta
novos conflitos no Complexo do Alemão

Comandante Militar do Leste diz que tropas do Exército não têm hora para sair
O coronel Henrique de Lima Castro, Relações Públicas da Polícia Militar, informou, há pouco, que não descarta novos confrontos durante a ocupação do Complexo do Alemão, zona norte do Rio. Segundo ele, os agentes não têm hora para sair do interior da favela.

- Já há vários locais com domínio da PM. Vamos continuar fazendo varreduras para encontrar pessoas ligadas ao tráfico, drogas e armamento. É possível que ainda encontremos bandidos lá dentro.

Segundo o comandante Militar do Leste, general Adriano Pereira Junior, as tropas do Exército vão continuar na comunidade o tempo que for necessário.

- Estamos atendendo a um pedido do Ministério da Defesa com autorização do presidente Lula. Vamos permanecer na comunidade enquanto for necessário.

Mais cedo, o delegado e diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), Ronaldo Oliveira, informou que há rastros de sangue dentro do Complexo do Alemão, mas que ainda não há informações sobre feridos.

Ele afirmou que a comunidade volta a pertencer aos moradores.

- Nós não temos a pretensão de resolver os problemas do Complexo do Alemão em duas ou três horas de operação. Estamos entrando agora na comunidade e não temos hora para sair.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, disse, no início da manhã deste domingo (28), que a comunidade está tomada e que as casas estão sendo abandonadas pelos bandidos.

- Tomamos. Todos os pontos aonde deveríamos chegar foram alcançados pelos batalhões. Não tivemos tanta dificuldade nas progressões porque as aeronaves ajudaram bastante. Ainda tivemos apoio à distância da Força Aérea, e os blindados fizeram os seus papéis. Vencemos! Trouxemos a liberdade para o Complexo do Alemão. Agora é um trabalho de busca, procura, prisão e apreensão.
A operação no Complexo do Alemão faz parte da reação da polícia à onda de violência que tomou conta do Rio de Janeiro na última semana, quando dezenas de carros foram incendiadas em vários pontos do Rio de Janeiro e houve ataques a policiais. A ação dos criminosos foi vista pelo governo estadual como uma resposta às UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) instaladas nos dois últimos anos em comunidades antes dominadas pelo tráfico. Para conter os ataques, a polícia, com apoio das Forças Armadas, realizou uma grande ofensiva na última quinta-feira (25) na Vila Cruzeiro, forçando a fuga de centenas de traficantes para o vizinho Complexo do Alemão, onde foram cercados nos dois dias seguintes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário