quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Sul-coreanos encontram corpos de dois civis em ilha bombardeada


Ataque norte-coreano também matou dois soldados sul-coreanos.
EUA e Coreia do Sul planejam manobras militares no domingo (28).


Corpos de dois civis foram encontrados nesta quarta-feira (24) na ilha sul-coreana bombardeada na terça (23) pela artilharia da Coreia do Norte, informou a Guarda Costeira. Os cadáveres estavam sob os escombros de casas destruídas pelo bombardeio. As duas vítimas tinham por volta de 60 anos.
O ataque também matou dois soldados e deixou 18 feridos, sendo 15 militares e três civis.
Após o bombardeio, Estados Unidos e Coreia do Sul definiram, nesta quarta, a realização, no domingo (28), de manobras militares em resposta ao ataque norte-coreano à ilha de Yeonpyeong. Os países chegaram ao acordo após uma conversa por telefone entre os presidentes Barack Obama e Lee Myung-bak, informou a agência local "Yonhap".
Escombros de uma das casas de civis atingidas pelo bombardeio norte-coreano na ilha de Yeonpyeong na terça-feira (23).Escombros de uma das casas de civis atingidas pelo bombardeio norte-coreano na ilha de Yeonpyeong na terça-feira (23). (Foto: AP)
Manifestante pisa sobre imagem do líder norte-coreano Kim Jong-il, em manifestação frente ao prédio do Ministério da Defesa, em Seul, na Coreia do Sul, em protesto pelo ataque norte-coreano ao território sul-coreano.Manifestante pisa sobre imagem do líder norte-coreano Kim Jong-il, em manifestação frente ao prédio do Ministério da Defesa, em Seul, na Coreia do Sul, em protesto pelo ataque norte-coreano ao território sul-coreano. (Foto: Wally Santana / AP Photo)
As manobras serão realizadas durante quatro dias no Mar Amarelo e contarão com a participação do porta-aviões nuclear americano "George Washington", segundo autoridades sul-coreanas.
Na conversa telefônica, Obama transmitiu a Lee sua contundente condenação ao ataque norte-coreano, que deixou dois militares sul-coreanos mortos e 18 pessoas feridas, sendo três civis.
Os militares americanos em Seul assinalaram que as manobras já foram informadas à China, que no passado criticou os exercícios militares de EUA e Coreia do Sul nesta tensa zona marítima, próxima à costa chinesa.
As forças americanas também planejam enviar pelo menos quatro navios de guerra para as operações militares, que segundo o Ministério de Defesa sul-coreano são de caráter "dissuasivo" e defensivo frente a Coreia do Norte.
A Coreia do Sul vai deslocar novas baterias de artilharia na ilha bombardeada, anunciou o ministro da Defesa, Kim Tae-Young. "Temos baterias de artilharia K9 instaladas na ilha de Yeonpyeong e prevemos instalar outras", declarou o ministro na comissão de Defesa do Parlamento. "Também vamos substituir a artilharia de 105 mm por baterias de maior alcance", completou.
Quase 80 peças de artilharia disparadas pelo Exército da Coreia do Norte caíram na ilha de Yeonpyeong, situada no Mar Amarelo, em uma zona disputada pelas duas Coreias, segundo o ministério da Defesa. No total, 170 projéteis foram disparados pelas baterias norte-coreanas.
O bombardeio matou dois soldados e dois civis, além de ter deixado 18 feridos, sendo 15 militares e três civis.
O presidente sul-coreano também manteve nesta quarta-feira uma conversa telefônica com o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, com quem reforçou o compromisso de seguir trabalhando para alcançar a estabilidade na península coreana, informou a agência local "Kyodo".
Kan manifestou que a comunidade internacional deve solicitar à China, principal aliado da Coreia do Norte, que contribua para diminuir a tensão na península coreana, antes de classificar o ataque de "intolerável", fruto de uma "barbárie".
"Apoio o governo da Coreia do Sul. Vamos tomar medidas junto com a Coreia do Sul e os Estados Unidos, e vamos conter as ações da Coreia do Norte junto com a China", indicou o primeiro-ministro japonês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário