quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Nova equipe econômica defende crescimento com equilíbrio fiscal


Zoom
Guido Mantega (Fazenda), Miriam Belchior (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central) durante coletiva
Guido Mantega (Fazenda), Miriam Belchior (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central) durante coletiva


Durante a apresentação da equipe econômica do próximo governo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a prioridade do governo federal em 2011 será ampliar o ajuste fiscal para abrir espaço para a queda dos juros e para manter o crescimento sustentado da economia.

Ele afirmou que o governo pretende reduzir os gastos no ano que vem depois da estabilização da economia. Mantega também disse que a presidente eleita, Dilma Rousseff, deseja que o crescimento seja de superior à média dos últimos quatro anos de governo Lula, que foi de 5%.

Segundo o ministro, que hoje foi confirmado no próximo governo, a política econômica continuará a ser anticíclica – em que o setor público gasta mais em momentos de crise e restringe as despesas em ciclos de crescimento. “Com a crise mundial, o Estado teve de aumentar investimentos e subsídios para viabilizar a recuperação da economia brasileira. Agora que a crise foi superada, é momento de reduzir gastos”, disse.

Alexandre Tombini
O indicado por Dilma Rousseff para ocupar a Presidência do BC (Banco Central), Alexandre Tombini, garantiu que a autonomia da instituição financeira se manterá em sua futura gestão. Essa autonomia, segundo Tombini, foi um dos pontos destacados pela presidente eleita ao fazer o convite.

“A presidente Dilma disse que nesse regime econômico consolidado pelo qual o Brasil passa não existe meia autonomia. É autonomia total”, disse Tombini na entrevista coletiva concedida hoje após o anúncio de sua indicação.

“Essa autonomia é da natureza do regime. Não é uma autonomia de objetivos, Quem garante o objetivo é a sociedade e o governo por meio do CNM (Conselho Monetário Nacional). Mas para atingir esses objetivos, o trabalho é do Banco Central”.

Miriam Belchior
A futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que vai pautar seu trabalho em três eixos fundamentais: “planejamento das ações de governo, busca de melhor qualidade dos gastos públicos e melhoria dos serviços prestados à população".

Miriam ressaltou que o país precisa recuperar a tradição de planejamento e citou exemplos bem-sucedidos no governo Lula na área social, como as políticas de distribuição de renda, e a política de infraestrutura, cuja principal ação é o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que ela coordenou.

Entre as prioridades, Miriam citou a erradicação da miséria, a melhoria de qualidade dos serviços prestados nas áreas de educação, saúde, segurança e combate a drogas, além dos “investimento para o país continuar crescendo”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário