Emerson volta a marcar no Engenhão,
mas é chamado de mercenário
Rubro-negros não perdoam o fato de o atacante atuar pelo rival Fluminense
No dia 5 de dezembro, Emerson deixou o Engenhão idolatrado pela torcida do Fluminense ao marcar o gol do título do Brasileirão de 2010. Vinte e um dias depois, o Sheik voltou ao palco da conquista e novamente balançou a rede. Porém, desta vez a idolatria deu lugar aos xingamentos.
Até porque Emerson, quando chegou ao Flamengo no ano passado, fez juras de amor ao clube e disse estar realizando um sonho. No entanto, seis meses depois foi para o futebol árabe e, ao retornar, optou pelo Fluminense, que lhe fez proposta superior e conseguiu sua liberação junto aos dirigentes árabes.
Por isso o atacante tricolor, mesmo atuando no ataque dos "Amigos do Zico", não recebeu o perdão rubro-negro e foi vaiado a cada toque na bola. Nem mesmo ao inaugurar o placar do amistoso teve sossego. Pelo contrário, recebeu o coro de "mercenário". Fato que prosseguiu ao marcar o segundo gol da partida, mostrando boa pontaria mesmo há 20 dias de férias.
Entretanto, ser vaiado pelos flamenguistas não foi "privilégio" de Emerson. Renato Gaúcho e Ailton, responsáveis pelo título estadual do Flu em 1995 diante do Flamengo, também foram bastante hostilizados. Assim como o ex-botafoguense Túlio Maravilha e os vascaínos Dedé e Carlos Alberto.
Contudo, Romário, revelado pelo Vasco, foi ovacionado, já que teve boa passagem pela Gávea na década de 1990. O Baixinho marcou o terceiro e o quarto gol da partida, enlouquecendo o torcedor, que cantou: "Olê lê, olá lá, Romário vem aí, o bicho vai pegar!".
- Essa foi a última geração técnica do futebol. Praticávamos um futebol bonito e que o torcedor gosta. Isso agora praticamente acabou.
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